Por Galeria de Comunicações
Em um clima vibrante e dinâmico, ‘Pulse’, na sede da Fecomercio, em São Paulo, contou com a presença de lideranças do movimento negro, mulheres empreendedoras, artistas, autoridades do Estado de SP, e centenas de jovens empresários
A edição deste ano do “Pulse”, evento organizado pela Conaje (Confederação Nacional de Jovens Empresários) e que teve como temas Cultura, Diversidade e Inovação, reuniu no Teatro Raul Cortez, na sede da Fecomercio, na região central de São Paulo, centenas de jovens empresários, empreendedores que apresentaram seus cases, lideranças femininas e representantes de minorias, artistas, autoridades, como Bruno Caetano, Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, e políticos, como o ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e Felipe Rigoni, primeiro deputado federal cego da história do Congresso.
Primeira presidente mulher da Conaje, Maria Brasil organizou o evento com um olhar especial para aqueles que encontram obstáculos para empreender, caso das mulheres e integrantes da comunidade negra. O empreendedorismo foi apontado em praticamente todos os painéis do Pulse como uma indispensável ferramenta para mobilidade social no país.
“Cultura, Diversidade e Inovação são pilares fundamentais para qualquer empreendedor que quer estar conectado com os debates mais relevantes, necessários da atualidade”, apontou Maria, fundadora e líder da Essence Branding, ao abrir o maior encontro de jovens empreendedores do Brasil. “Fico feliz ao ver os jovens, a Associação Comercial, o Sebrae envolvido no evento, é o que vai fazer a diferença, olho a plateia e penso, quantos daqui serão futuros presidentes da Conaje, futuros condutores desse movimento”, reforçou Jaime Basso, presidente da Sicred, principal apoiador do Pulse.
Um case que ajudou a derrubar pré-conceitos e a mostrar que o empreendedorismo pode ter muitas caras, inclusive com papel social e sem fins lucrativos, foi apresentado pelo Preto Zezé, um dos líderes da Central Única das Favelas. Em meio à pandemia, a Cufa se prontificou a distribuir alimentos, por ter alcance maior do que muitos canais oficiais. Entretanto, o processo não foi fácil, já que se tratava de uma novidade.
“Tivemos que aprender, em meio à pandemia, a guardar alimentos, distribuir, tomar os cuidados para as doações não sumirem, nos aproximar de empresários, lidar com transparência, obter assistência jurídica, porque as empresas enviavam contratos com muitas páginas”, recordou Zezé. “Na pandemia, quando usavam um termo como ‘entrega’, a gente já pensava que alguém tinha se dado mal, porque ‘entrega’ para nós até então era quando alguém entregava alguém”, lembrou, arrancando risos da plateia.
A solução foi capacitar pessoas para gerir as entregas das cestas, o que acabou rendendo frutos como a instalação de Centros de Distribuição dentro de comunidades com a contratação dos próprios moradores. “A pessoa se envergonha por estar na fila para receber uma cesta básica, ela quer é um emprego e receber o seu salário; hoje, as favelas representam o quarto Estado do Brasil, produzem o mesmo PIB do Paraguai”, conclui.
Outro cenário, também fruto da pandemia do Covid, foi discutida em uma mesa redonda composta por mulheres empreendedoras no evento da Conaje, que tem uma área dirigida às mulheres, a “Conaje para Elas”. Durante o bate-papo, foi revelado o papel de destaque que passou a ser ocupado pelas mulheres empreendedoras durante esse período difícil.
“Na pandemia, o marido ou a própria mulher perdeu o emprego e a mulher teve que empreender”, apontou Kelly Carvalho, assessora econômica da Fecomércio-SP há mais de 20 anos. “Neste momento, 48% dos Microempreendedores Individuais do Brasil são mulheres, que iniciaram por necessidade durante a pandemia, e encontraram aí a oportunidade para levar um negócio que tem uma mulher à frente.”
“Surgiu, na Pandemia, um número assustador de MEIs, mais de 3,9 milhões nesse período, e grande parte, mulheres”, reforçou Ana Claudia Cotaiti, presidente do Conselho da Mulher Empreendedora e da Cultura.
O influenciador digital e empresário Alfredo Soares dividiu com o público quais os principais passos que o levou de um simples vendedor de cartões a sócio de uma empresa de comércio digital listada na Bolsa de Nova York, com valor avaliado em US$ 4,4 bilhões, entre outras 26 empresas. “Olho o impacto de meus negócios, não o financeiro; já criamos mais de 200 mil empregos, minha meta chegar a um milhão de empregos criados”, revela.
Um clima dinâmico e vibrante marcou toda a duração do Pulse, com constante e animada interação da parte da plateia, seja durante as apresentações, atividades com participação do público, como uma oficina de pitch (“venda” de uma ideia de empreendedorismo, no caso, em questão de minuto) no palco, performances artísticas e shows musicais.
O cantor, compositor e guitarrista Dani Black, cujo currículo inclui trabalhos para Ney Matogrosso, Gal Costa, Milton Nascimento, Elba Ramalho, entre outros, sintetizou os temas apresentados no Pulse.
“Ser líder é como montar um quebra-cabeça”, comparou o músico indicado ao Grammy Latino. “Formar uma imagem completa (a empresa), utilizando figuras diferentes e, ao mesmo tempo, complementares (colaboradores); e da parte dos colaboradores, é o mesmo, quando entendo que ocupo um lugar único, que sem ele o quadro não fica completo, com a responsabilidade para honrá-lo”, comparou Black. “E, num cenário tão dinâmico como o que vivemos, um líder, mais que nunca, tem que ter a cabeça aberta, estar disposto a aceitar e a conviver com o novo e a se surpreender com as possibilidades que estão à sua volta.”
Sobre Maria Brasil
Formada em Comunicação e Marketing pela Universidade Salvador, com uma parte do curso realizada na Universidad Europea de Madrid, possui Especialização em Comunicação Estratégica pela Universidade Federal da Bahia. Estudou Branding no Instituto Europeu de Design e Digital Strategies for Marketing na New York University. É fundadora da Essence Branding, consultoria de branding e estratégia de marca com foco em revelar a singularidade de cada negócio e o valor que ele gera para o mundo. Fundamentada por metodologias exclusivas, a Essence mergulha em cada empresa, sua cultura, história, equipe e liderança, a fim de desenvolver estratégias e desenhar projetos de comunicação que dão vida a marcas fortes e memoráveis. Foi a primeira mulher a presidir a Associação dos Jovens Empreendedores da Bahia e atualmente é a Presidente da Confederação Nacional de Jovens Empresários, representante do Brasil no G20 YEA e na Federación Iberoamericana de Jóvenes Empresarios, além de Membro do Comitê de Ética do Instituto Capitalismo Consciente Brasil, Diretora do LIDE Futuro Bahia e Conselheira na JR Achievement Bahia. TEDx Speaker e palestrante com atuação nacional, ministra aulas na Pós Graduação de Comunicação Estratégica da Universidade Federal da Bahia e em cursos livres na ESPM, integrou o Grupo de Pesquisa de Marca e Cultura (UFBA) certificado pelo CNPQ, e agrega também experiências de docência internacional, na Varga Martón Iskola, em Budapeste/Hungria. Autora do livro “O Discurso do Réu”, TEDx Speaker com o tema “Quem é você para o mundo?” e palestrante com atuação internacional nas áreas de Negócios, Empreendedorismo, Liderança Feminina e Branding.
Sobre a CONAJE
A Confederação Nacional de Jovens Empresários é uma entidade sem fins lucrativos que atua, desde o ano 2000, no fomento ao empreendedorismo para o fortalecimento, criação e manutenção de novas empresas geridas por jovens no Brasil. É responsável pela realização de projetos de grande relevância para o país, como Feirão do Imposto, Brasil Mais Empreendedor, CONAJE Capacita, Congresso Nacional de Jovens Empreendedores, Líderes Estaduais, CONAJE Agro, Semana Global de Empreendedorismo e Empreende Conaje. Atualmente, mais de 36 mil jovens empresários e empreendedores do País relacionam-se direta e indiretamente com a instituição, que tem participação efetiva no Conselho Deliberativo da Confederação das Associações Comerciais do Brasil (CACB), nos Conselhos Temáticos da Confederação Nacional da Indústria (CNI), no Fórum Permanente Micro Pequenas Empresas e na Semana Global de Empreendedorismo. É responsável ainda por levar o empreendedorismo para além das fronteiras do Brasil, por meio de sua presença na Aliança de Jovens Empreendedores do G20, Federação Ibero-Americana de Jovens Empresários (FIJE), Bloco Mercosul e Países Lusófonos.